5/30/2009

É reciproco.



Logo depois do post anterior eu entrei no Confidence Is The Balaclava e ao ler o post "ele não está tão a fim de você" eu "me doí" e vou exercer o meu direito de resposta em nome da classe masculina.

Não sei alguma menina/mulher/garota/nega/doida (nunca sei qual substantivo adequado apesar de considerar todos sinonimos) já parou pra pensar que para a outra parte também é há sempre aquela mesma história.

- Ela não quer nada com você.
- Ela é muito madura para querer algo com você.
- Vai quebrar a cara de novo.
- Vai acabar bebado de novo por causa de mulher.
- Vai ter uma ressaca fela da mãe de novo por causa de mulher.

Resumindo, só mulher complicada me atrai.

Eu faço o possível e impossível para não me apegar a ninguém, mas quando me dou conta já estou com mais uma menina complicada na cabeça. Fico feliz quando só é complicada, bom é quando é doida mesmo. E a chance de não dar certo um relacionamento com alguém desse tipo é de 99,99%, são tantas as dificuldades, traumas, feridas que acabam te afastando. Você tenta ser sincero, mostrar que no fundo você é um cara direito, "bonzinho", mas isso não adianta, mulher gosta é de cabra-safado mesmo, mas se você aje como o tal tira o encontando por completo da situação, e principalmente acaba machucando a outra parte.

Claro, se você gosta mesmo você vai a luta e dá a cara a tapa, mas não tem cara que aguente ficar levando tapa o tempo todo, nem eu que treino judô quase todo dia levando todo tipo de pipoco aguento isso. Prefiro muito mais duas horas de cacete com um macho de 100kg do que ficar tentando entender cabeça de menina complicada. Mas as duas horas se passaram e novamente estou quebrando a cabeça tentando entender ela. E nunca consigo. Acho que sou retardado, deve ser sequela de tanta tapa na cara.

Eis que você conhece aquela menina, tudo vai indo bem, ela parece ser "normal", até chegar alguém dizendo sem nenhuma pretensão que você deve ir em frente. Pô, se ela é tão boa assim por que tá só?! Sério, eu penso isso sempre e quase sempre invento algum motivo para me afastar por causa disso. Mas não é sempre, as vezes eu resolvo me dar uma chance e ir em frente de fato com alguém que até então é "normal", mas é só esperar que vai começar a dar problema: ela é muito grudenta, ela não é nem um pouco grudenta, ela começa a ter ciúmes em excesso, ela não tem nenhum ciúme, ela fica com outros (assim como você), ela não fica com ninguém (diferentemente de você)... E você acaba não gostando mais dela. E por mais que ela diga que gosta de você, você sempre irá encontrar um defeito, um impecílio nela que te impedirá de ficar com ela. Ai vai você atrás de algo "melhor" e quando encontra você percebe que não é "melhor" e fica com cara de manga pensando na anterior, sem coragem de ir atrás de novo.

Já cheguei a uma conclusão sobre isso há tempos, ou melhor três. A primeira é óbvia, nenhum homem presta e nunca irá prestar. A segunda é que mulher que presta é complicada e difícil demais de se conquistar. E por fim, o complicado sou eu mesmo, mais que qualquer uma.

p.s.: Valeu, Jéssica, pela inspiração. Fazia tempo que não saia um post decente aqui.

Relaaaaaxa!


É impressionante a capacidade da minha cabeça elaborar bons textos para o blog somente quando eu estou na cama deitado pronto para dormir.

Mas você pode dizer - "é só vir para o computador e escrever" - certo, mas durante toda a eternidade que leva para esse computador iniciar tudo o que está dentro da minha cabeça simplesmente evapora. Só eu sei a quantidade de posts que perdi por causa disso.

Acho que vou começar a dormir aqui por cima do teclado.

5/29/2009

Resfriadozinho!


Em meio a todo esse caos mundial da H1V1, a famosa "Gripe Suína", eu fico pensando no que é a dengue no Brasil atualmente. Em todo o mundo foram registradas 99 mortes decorrentes da pandemia e por isso está havendo todo um alarde, notícias diárias, pessoas com máscaras cirúrgicas em todos os lugares, um carnaval só. Beleza, é uma doença que mata. Mas a imprensa no mundo está lucrando em cima disso de um jeito nunca antes visto e as pessoas estão engolindo essa corda, inclusive, pasmem, no Brasil. Digo "inclusive" aqui no Brasil porque só na Bahia morreram 25 pessoas em decorrência da dengue, nem me dei ao trabalho de pesquisar números nacionais. Atentem, 25 mortes em um ESTADO enquanto a outra foram 99 em TODO O MUNDO. E mesmo assim a H1V1 vem tendo muitíssimo mais espaço na mídia. Dá pra entender? Não.

Mas claro que há uma constante cobrança da população por medidas governamentais para combater a dengue aqui. Lembro que a dengue "surgiu" por volta de 1998, por aí, todo mundo pegou (menos eu, até hoje estou invicto) e com isso surgiram as campanhas para o combate a esse mal, eram carros fumacês na rua, fiscais indo de casa em casa, propagandas nos meios de comunicação, etc. Porém após esse ano foi surto atrás de surto e cada vez mais gente morrendo por isso. Apesar dos esforços a luta está sendo vencida pelo mosquito. E tome gente indo na tv enquanto enfrenta filas nos hospitais públicos reclamar do governo. Só esquecem de um detalhezinho de nada, o maior fiscal de saúde contra a dengue é o próprio povo e o maior alvo dessa doença é o mesmo. Mas o brasileiro, fica esperando vir alguém com um crachá do estado bater em sua porta para tirar a água dos vazos de seu quintal como se ninguém soubesse que isso é o que gera novos mosquitos.

Quando o brasileiro quiser acabar com a dengue ele irá conseguir facilmente. Só mudar um pouco de seu "jeitinho" típico. Quanto a suína é só esperar a moda passar que ela passa também.

5/16/2009

Miss you


Pessoas que eu sinto falta de conversar com a frequência de outrora: Alice Gaudiot, Gordo, Ariane, Carol Lemos, Cesinha, Duda, Elton, Elton Feitosa, Etiane, Gabi Morais, Gilvas, Fernando, Guiga, Jamyle, Ana Luiza, Lizandra, Mari Araújo, Mari Braga, Muniz, Rafa Barreto, Rebeca Beltrão, Rodrigo, Vadão, Veri... De uns eu sinto mais falta, de outros menos, claro que esqueci alguém, de outros eu não quis dizer que sinto falta. Mas é mais ou menos isso.

Enquanto uns não estão presentes na minha vida, por minha culpa ou por outro motivo ou simplesmente por não estar mais aqui, outros estão bem presentes.

5/11/2009

Velvet.


Vou deixar de existir por um tempo. Depois eu volto com o resto da história. Nem sempre escrever com tanto rancor dentro de você faz bem, preciso pensar em outra maneira de externa isso, se possível de forma não violenta.

Velvet Revolver - The Last Fight

Time feels like I've been back in jail
Like when I was doing time in the can

Spend all night on a bended knee

Just to beg for something to believe
Left home with a pack of clothes
Without a family tree


This fight could be the last fight

No giving and no winning
One time could be the all the time

Should we decide to end the misery


Time heals all of the burned out bridges

Filled with nothing more than misery
With the mask of the unbattled son

Trying to beg for something to believe

Left home with a pack of clothes

Without a family tree


This fight could be the last fight

No giving and no winning

One time could be the all the time

Should we decide to end the misery


Break the chains of featherweights and giants
With the stain forever lasting liars
They're afraid when we spit out the fire

And start living, living, living my friend


This fight could be the last fight

No giving and no winning

One time could be the all the time

Should we decide to end the misery

5/03/2009

III. A alegria

Inesperadamente esse encontro da família Fontaine transcorrendo de maneira diferente. No lugar do sono, saídas mais cedo e conversas sérias de outrora toda a sala era tomada por risos, gritos e barulho de crianças caindo no chão. A sala estava tomada pelos membros mais jovens da família, todos com idade entre 3 e 6 anos. Todos livres ainda do veneno da família que uma hora ou outra passa a correr nas suas veias, infelizmente. Veneno esse que várias vezes perde o controle e acaba prejudicando tanto aquele que o proferiu, mesmo de forma irresponsável, podendo-se dizer de forma inocente, sem saber o seu poder de devastação, quanto o que foi atingindo que sofre com as dores que ele produz.

Mas eles não estavam nem aí pra isso, só queria correr, correr e lutar. E como lutavam, havia momentos em que eles se aglomeravam um por cima do outro e pareciam ser um só. De fato eles não funcionavam por bateria, já que essa depois de certo tempo de uso ela descarrega, mas sim por meio de energia elétrica, 220v diga-se de passagem. Não paravam um só segundo, um hora estavam na sua frente e num piscar de olhos estavam na frente de outro.

Cada um deles era uma figura peculiar. O mais velho, Gastão, era uma espécie de líder deles, posição essa justificável por sua inteligência acima do comum para alguém da idade dele. Não só falava bem como falava outra língua, não só brincava de lutar como também sabia lutar de verdade. Ele que quando mais jovem era bastante aborrecido agora é uma criança bastante simpática e comunicativa. Eu prontamente busquei ensiná-lo o gesto marginal feito com as mãos que representa a torcida do Le Mans.

Tinha a dupla de super-heróis, o Homem-Aranha tradicional e seu alter ego “marvaldo” (como ele própria dizia), o Homem-Aranha Negro. O tempo todos eles travavam combates mortais, um atrás do outro. O bonzinho se chamava Dilermando, naturalmente mais sensível e consequentemente mais chorão. O seu inimigo e amigo era Goulard que fazia questão de gritar para todos os ouvirem que ele era mau e logo após saia proferindo socos e pontapés em que estivesse em sua frente.

Deles a figura mais cativante era a Adoriabelle que como seu próprio nome quer dizer era adorável e bela. A primeira vista você poderia pensar que aqueles olhos claros e bochechas rosadas escondiam uma menininha frágil e retraída. Mas com um pouco mais de tempo você veria que não é bem assim, lá estava ela entre os meninos participando de tudo o que eles faziam. Isso incluía todas as lutas. Em momento algum ela se amedrontava com aquelas aranhas estampadas nas camisas. Partia pra cima mesmo! Mas a imagem inicial voltava a luz depois de muita correria, quando ela se cansava e deitava pra dormir tão delicadamente. De um Comandos em Ação ela se transformava em uma bonequinha.

O mais jovem de todos era o Thierry, recém nascido, porém desde já com uma personalidade forte. Eis que ele surge com uma camisa da banda de rock mundialmente famosa Belle & Sebastien. Resta-nos esperar pra ver o que se tornará.

De outro lado havia os dois irmãos Chermont e Burnier. Mais velhos que os demais, e com uma personalidade bem distinta. Eles não queriam brincar. Não queriam correr. Não queriam lutar. O mais velho, Chermont, passou todo o tempo dentro de um quarto jogando seu vídeo-game, indiferente a tudo o que ocorria a sua volta, buscando abrigo ali em seu mundo. O Burnier, mais novo e ativo, estava lá junto com os demais, mas em momento algum se juntou a eles, mesmo que seus olhos transmitissem claramente a vontade dele de correr. Algo os prendia, uma bola de ferro imaginária presa em seus pés. Um desperdício de infância.