Ai de repente você vê exatamente
aquilo que de tão última coisa que você queria ver, você nunca nem imaginou ver
aquilo, mas viu. Fica transtornado, grita pra todos os lados na esperança
daquilo sair de dentro de você, vai encher a cara pra poder confundir os
pensamentos, mas perder a razão não serve de nada.
Você sabe que tentou ser você
mesmo, estava sendo tão sincero que parecia uma radiografia, tentar mostrar
seus valores para mostrar que era alguém, porém no fim das contas só queriam
que você fosse só mais um, um ninguém.
A todo momento falou o que
sentia, não guardou nada e talvez por isso você não aparentasse ser quem
realmente as pessoas pensam que você é, você fez uma imagem diferente da
verdadeira e confundiu todo mundo, inclusive você, só mostrando para o mundo
todo que você não sabe quem realmente você é.
Depois é só lamentação, o
discurso do derrotado – “fiz o que podia, né?” – sei lá! São tantas as
possibilidades que você nunca vai saber ao certo se fez tudo o que poderia e
vai carregar essa duvida dentro de si até que surja uma outra.
Por fim você faz a retrospectiva
de tudo o que viveu, dos dias de glória que você vibrou sozinho por a sua
conquista que era só sua, aquela alegria espontânea que ninguém viu e o tempo
fará o favor de apagar, e também da sua derrota, aquela que todos viram, que
ficará marcado em seu rosto até que alguém resolva olhar para o outro lado.
Ps.: escrevi esse texto há mais de um ano, em nada tem a ver com meu momento atual. Nada. Só estou postando ele porque eu gosto dele, refletia bem meu estado de espírito naquela época. Os textos que irei postar na sequência foram todos escritos há mais de um ano, espero escrever coisas novas em breve.