8/24/2008

Carruagem de fogo


Chega ao fim mais uma Olimpíadas e o Brasil atingiu exatamente a minha expectativa - não ganhou quase nada comparado ao que deveria ganhar por seu porte. Mas ganhou alguma coisa sim, 3 ouros. Brasil, o país de Cielos, Higa Maggis e no volei feminino o ponto do título foi marcado por Steinbrecher. Mas... cadê os Silvas, Santos e Pereiras? Estão lá comemorando suas humildes participações nos jogos, suas "brilhantes" 26ª colocações, seus recordes sul-americanos, etc. Ao que me pareceu o brasileiro-nato não tem o mesmo espírito vencedor dos estrangeiros, se contentam com o que tem.

Para os americanos, chineses, ou você é primeiro ou último, aqui só o fato de disputar entre os melhores já é motivo suficiente para comemorar. Já que está lá porque não tentar vencer? Não digo que algum atleta tenha feito corpo-mole, mas acho errado todo esse conformismo! César Cielo quando ganhou sua primeira medalha de bronze falou que gostou do resultado, mas o que ele realmente queria era o ouro. Foi lá e ganhou o ouro nos 50m. Não aceito quando falam que o Brasil não ganha mais competições por falta de investimentos, isso influi muito, mas não é desculpa para um resultado tão pifeo quanto os que o Brasil atinge.

Bielorrússia, Quênia, Etiópia, Jamaica... Todos ficaram em melhor colocação que o Brasil no quadro de medalhas e garanto que lá o investimento não é nem de perto o que existe aqui, o que há lá é comprometimento. Temos outras prioridades sim, mas vale ressalvar que de acordo com estudos para se criar um atleta olímpico é preciso procurar entre 2 mil atletas. Ou seja, serão 1.999 jovens que estarão fora de uma vida errada por estar se dedicando ao esporte. O Brasil um dia já foi famoso por João do Pulo e Zequinha Barbosa, vamos ver se os brasileiros vencedores de 2014 serão realmente brasileiros, afinal, no Brasil tem muito mais "Zé da Silva" do que "Robert Scheidt".

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