Inesperadamente esse encontro da família Fontaine transcorrendo de maneira diferente. No lugar do sono, saídas mais cedo e conversas sérias de outrora toda a sala era tomada por risos, gritos e barulho de crianças caindo no chão. A sala estava tomada pelos membros mais jovens da família, todos com idade entre 3 e 6 anos. Todos livres ainda do veneno da família que uma hora ou outra passa a correr nas suas veias, infelizmente. Veneno esse que várias vezes perde o controle e acaba prejudicando tanto aquele que o proferiu, mesmo de forma irresponsável, podendo-se dizer de forma inocente, sem saber o seu poder de devastação, quanto o que foi atingindo que sofre com as dores que ele produz.
Mas eles não estavam nem aí pra isso, só queria correr, correr e lutar. E como lutavam, havia momentos em que eles se aglomeravam um por cima do outro e pareciam ser um só. De fato eles não funcionavam por bateria, já que essa depois de certo tempo de uso ela descarrega, mas sim por meio de energia elétrica, 220v diga-se de passagem. Não paravam um só segundo, um hora estavam na sua frente e num piscar de olhos estavam na frente de outro.
Cada um deles era uma figura peculiar. O mais velho, Gastão, era uma espécie de líder deles, posição essa justificável por sua inteligência acima do comum para alguém da idade dele. Não só falava bem como falava outra língua, não só brincava de lutar como também sabia lutar de verdade. Ele que quando mais jovem era bastante aborrecido agora é uma criança bastante simpática e comunicativa. Eu prontamente busquei ensiná-lo o gesto marginal feito com as mãos que representa a torcida do Le Mans.
Tinha a dupla de super-heróis, o Homem-Aranha tradicional e seu alter ego “marvaldo” (como ele própria dizia), o Homem-Aranha Negro. O tempo todos eles travavam combates mortais, um atrás do outro. O bonzinho se chamava Dilermando, naturalmente mais sensível e consequentemente mais chorão. O seu inimigo e amigo era Goulard que fazia questão de gritar para todos os ouvirem que ele era mau e logo após saia proferindo socos e pontapés em que estivesse em sua frente.
Deles a figura mais cativante era a Adoriabelle que como seu próprio nome quer dizer era adorável e bela. A primeira vista você poderia pensar que aqueles olhos claros e bochechas rosadas escondiam uma menininha frágil e retraída. Mas com um pouco mais de tempo você veria que não é bem assim, lá estava ela entre os meninos participando de tudo o que eles faziam. Isso incluía todas as lutas. Em momento algum ela se amedrontava com aquelas aranhas estampadas nas camisas. Partia pra cima mesmo! Mas a imagem inicial voltava a luz depois de muita correria, quando ela se cansava e deitava pra dormir tão delicadamente. De um Comandos em Ação ela se transformava em uma bonequinha.
O mais jovem de todos era o Thierry, recém nascido, porém desde já com uma personalidade forte. Eis que ele surge com uma camisa da banda de rock mundialmente famosa Belle & Sebastien. Resta-nos esperar pra ver o que se tornará.
De outro lado havia os dois irmãos Chermont e Burnier. Mais velhos que os demais, e com uma personalidade bem distinta. Eles não queriam brincar. Não queriam correr. Não queriam lutar. O mais velho, Chermont, passou todo o tempo dentro de um quarto jogando seu vídeo-game, indiferente a tudo o que ocorria a sua volta, buscando abrigo ali em seu mundo. O Burnier, mais novo e ativo, estava lá junto com os demais, mas em momento algum se juntou a eles, mesmo que seus olhos transmitissem claramente a vontade dele de correr. Algo os prendia, uma bola de ferro imaginária presa em seus pés. Um desperdício de infância.
Mas eles não estavam nem aí pra isso, só queria correr, correr e lutar. E como lutavam, havia momentos em que eles se aglomeravam um por cima do outro e pareciam ser um só. De fato eles não funcionavam por bateria, já que essa depois de certo tempo de uso ela descarrega, mas sim por meio de energia elétrica, 220v diga-se de passagem. Não paravam um só segundo, um hora estavam na sua frente e num piscar de olhos estavam na frente de outro.
Cada um deles era uma figura peculiar. O mais velho, Gastão, era uma espécie de líder deles, posição essa justificável por sua inteligência acima do comum para alguém da idade dele. Não só falava bem como falava outra língua, não só brincava de lutar como também sabia lutar de verdade. Ele que quando mais jovem era bastante aborrecido agora é uma criança bastante simpática e comunicativa. Eu prontamente busquei ensiná-lo o gesto marginal feito com as mãos que representa a torcida do Le Mans.
Tinha a dupla de super-heróis, o Homem-Aranha tradicional e seu alter ego “marvaldo” (como ele própria dizia), o Homem-Aranha Negro. O tempo todos eles travavam combates mortais, um atrás do outro. O bonzinho se chamava Dilermando, naturalmente mais sensível e consequentemente mais chorão. O seu inimigo e amigo era Goulard que fazia questão de gritar para todos os ouvirem que ele era mau e logo após saia proferindo socos e pontapés em que estivesse em sua frente.
Deles a figura mais cativante era a Adoriabelle que como seu próprio nome quer dizer era adorável e bela. A primeira vista você poderia pensar que aqueles olhos claros e bochechas rosadas escondiam uma menininha frágil e retraída. Mas com um pouco mais de tempo você veria que não é bem assim, lá estava ela entre os meninos participando de tudo o que eles faziam. Isso incluía todas as lutas. Em momento algum ela se amedrontava com aquelas aranhas estampadas nas camisas. Partia pra cima mesmo! Mas a imagem inicial voltava a luz depois de muita correria, quando ela se cansava e deitava pra dormir tão delicadamente. De um Comandos em Ação ela se transformava em uma bonequinha.
O mais jovem de todos era o Thierry, recém nascido, porém desde já com uma personalidade forte. Eis que ele surge com uma camisa da banda de rock mundialmente famosa Belle & Sebastien. Resta-nos esperar pra ver o que se tornará.
De outro lado havia os dois irmãos Chermont e Burnier. Mais velhos que os demais, e com uma personalidade bem distinta. Eles não queriam brincar. Não queriam correr. Não queriam lutar. O mais velho, Chermont, passou todo o tempo dentro de um quarto jogando seu vídeo-game, indiferente a tudo o que ocorria a sua volta, buscando abrigo ali em seu mundo. O Burnier, mais novo e ativo, estava lá junto com os demais, mas em momento algum se juntou a eles, mesmo que seus olhos transmitissem claramente a vontade dele de correr. Algo os prendia, uma bola de ferro imaginária presa em seus pés. Um desperdício de infância.
5 Comenta aqui, campeão!:
To curtindo o texto. Essa parte foi a melhor.
Guardo os meus tênis numa gaveta aqui do guarda roupa. Minhas cuecas e camisinhas ficam numa gaveta também, mas em outra gaveta. =D No microondas eu guardo os livros da faculdade =DD
To curtindo o texto. Essa parte foi a melhor. [2] algo em descrições me atrai, gostei do jeito como você falou de cada criança. Soou suave e legal de se ler :)
Eu não gosto de criança =]
E tu estás um artista!
:*
Aline Lucena ai em cima ^^
Ola Andre, Fiz uma busca na Internete , FAMILIA FONTAINE, e vim cair aqui. Reservei um pequeno hotel,no interior da França, e o dono me pediu para encontrar a familia dele que se mudou para o Brasil, Recife, e ele perdeu o contato. O filho do tio dele(que veio para o Brasil) deve ter hoje uns 60 anos.
Como eu sou um pouco doida e gosto de ajudar , tentei......Será que é esta familia Fontaine a qual vc se refere? Quem sabe.... A região que eu vou chama-se Cevennes, e o hotel fica em Dufort, perto de Anduze....
Será? Meu email é tecaportella@gmail.com
Aguardo uma notícia.
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