7/31/2009

X-Ray


Certo, antes mais nada eu reconheço que fazer isso o que eu vou dizer é muito, mas muito difícil. Dito isso, vamos lá.

Como seria mais fácil as nossas vidas se todos nós soubéssemos nos expressar, se tá doendo você diz que tá doendo, se tá bom você diz que tá bom e assim por diante. Sim, esse será um daqueles posts sobre relacionamento. Pois bem, posso falar com toda propriedade sobre isso já que já me dei bem e muito mal por causa de saber ou não saber me expressar.

Meu último namoro (diga-se de passagem o único) acabou principalmente por que nós não nos expressávamos, ou melhor, eu me expressava e ela não. Isso ocorria pela defasagem de "gostar" entre um e outro. Eu louco por ela e ela só gostava de mim. Sempre eu fazia todo o esforço do mundo para dizer o quanto eu gostava dela, mas eu nunca ouvia isso dela. Até certo ponto dava pra lidar com isso, mas enfim, chegou aquele fatídico momento que não deu mais. Tanto pra quanto pra ela. Eu frustrado por não receber o reconhecimento que esperava e provavelmente ela também frustrada por não conseguir corresponder como eu esperava. Águas passadas...

Bem antes dela em dado momento eu passei pela minha primeira experiência de auto-expressão. Me abri para uma menina que tava ficando, coloquei as cartas na mesa, disse tudo o que eu sentia, esperava e pretendia com relação a ela. Não, eu não me declarei, pelo contrário, disse que não poderia ter um compromisso mais sério com ela graças a outra pessoa. O que? Pelo menos fui sincero e não fiquei com peso na consciência por estar enganando alguém. Tive que fazer isso porque quando eu estou com outra pessoa procuro me doar ao máximo durante aquele momento e a maioria pensa que por eu estar agindo daquela forma eu estou sentindo algo mais forte por ela. Desculpa, mas não. Achei por bem nessa situação explicar tudo isso, que do mesmo jeito que eu estava com ela eu também estava com outra pessoa (provavelmente essa pessoa irá ler isso e desde já eu peço desculpas porque ela deve estar muito contente por isso).

Quase perco a linha do raciocínio. Enfim. Já pensou a quantidade de desilusão você evitaria se soubesse se expressar? Você chega naquela menina, diz que gosta de verdade dela e ela diz que também gosta da mesma forma de você. Quantas vezes isso poderia ter ocorrido e simplesmente não ocorreu? Nunca se sabe. Claro, tem o lado ruim também, pelo menos para alguns que ainda possuem coração com mais de 7°C. A menina vem e diz que gosta de você e você não sabe o que dizer para não magoar ela pela fato de não sentir nada por ela. Ninguém poderá te condenar por isso, mas dentro de você fica um pouquinho de remorso por não corresponder a ela. Mas o tempo resolve isso, para você, para ela é torcer que resolva também.

De qualquer forma ainda defendo aqueles que fazem de tudo para expressar o que sentem, na balança acaba saindo positivo. Antes uma lapada só com mais força do que um monte de beliscões.

(Meninas, insistiram tanto que eu escrevesse que agora estou me vingando de todas vocês. Mwahuahuahua)

7/29/2009

Walk this way!


Um breve resumo para os mais desavisados.

Nasci em Recife e aos 5 anos de idade fui morar em Pesqueira, 10 anos mais tarde voltei para Recife onde estou até então, apesar da minha família ainda viver em Pesqueira. Nada fora do normal, a velha migração interior/capital.

Pois bem, a minha volta pra cá foi bem complicada. Deixei pra trás toda aquela rotina de amigos e família ao meu redor pra viver sozinho aqui. Sozinho não no sentido físico, mas no sentido emocional. Só depois de um certo tempo, 2 anos para ser exato, foi que comecei a desenvolver um ciclo de amizade por aqui. Mas esse tempo me fez saber lidar com a solidão, passei a me ver como uma pessoa que sabia conviver com a solidão ao contrário da grande maioria. Via isso como uma arma ao meu favor, dependência é algo que pode te derrubar.

Ano vai, ano vem e sempre durante as férias, feriados e etc eu ia para Pesqueira ficar ao lado da minha família e reviver minha velha rotina. Não tenho do que reclamar disso, mas depois de uns dias eu começava a sentir falta de ficar sozinho, de conseguir ouvir meus pensamentos, de agir sem a preocupação de olhos ao meu redor. Agora nessas férias de inverno não foi diferente. Em Pesqueira desde o São João, nos últimos dias já estava tomado por essa sensação incomoda. A contragosto da minha mãe, aproveitando uma necessidade de vir aqui em Recife, voltei já de vez. A desculpa para ficar sozinho até sexta (dia que minha irmã volta também) foi que eu estava cansado desse vai e vem Recife/Pesqueira. Realmente, precisei fazer isso algumas vezes nesses dias que passaram e isso me estressa bastante. Mas queria ficar um pouco sozinho também. Normal, já era esperado isso.

Mas não é que menos de 24h após voltar pra cá, ficar sozinho com meu pensamento me dou conta que estou mais fraco. Estou incomodado por estar sozinho, algo me faz falta. Lá em Pesqueira achei que era a solidão que estava me fazendo falta, mas agora percebo que não é isso. Continuo insatisfeito e não sei com que.

Talvez hoje só tenha sido um lapso, que amanhã eu sai para fazer algo e tudo volte ao "normal". Ou talvez não. Talvez eu tenha que esperar até sexta quando pessoas voltarão a me rodear. Talvez eu não aguente e pegue amanhã mesmo um ônibus de volta para Pesqueira. Mas acho que ficarei aqui mesmo. Um fato é certo, quem agradece por esse meu momento sozinho são vocês, leitores do meu blog, porque lá em Pesqueira meu chip responsável por esse blog estava bloqueado.

Em tempo, quem quiser me visitar, chamar pra sair ou qualquer coisa do tipo, estamos a disposição. A companhia de um rapaz bonito, simpático e inteligente nunca é de se dispensar.

7/27/2009

Que viagem!


Que sonho estranho tive agora. O contexto não importa, o fato que vale ser ressaltado é de que sonhei com pessoas que nunca vi na minha vida, porém falava com elas como se as conhecesse de um passado recente. Minha mãe já conversou comigo sobre isso, segundo ela o Espiritismo explica bem isso (melhor do que eu), e provavelmente isso é uma transgressão a uma vida passada. São pessoas que conheci em outro momento.

Se é realmente isso eu não, mas que é uma sensação totalmente estranha não há como se negar. Acordei tentando lembrar de onde conhecia essas pessoas, esses nomes, mas nada me ocorreu. Meio frustrante. Diferente. Mas muito real.

7/26/2009

7/16/2009


A quem interessar, fiz um perfil no twitter:

http://twitter.com/dremaciel

7/08/2009

Beat it!


Celebrar a vida ou lamentar a morte? Esse foi o questionamento a que cheguei ao acompanhar o funeral de Michael Jackson. Aposto que muitas pessoas aqui no Brasil se perguntaram qual o motivo de tanta música e festa já que o "convidado principal" estava dentro daquele caixão dourado. Aqui o normal quando alguém falece é muito choro, desespero, cenas. Claro, qualquer pessoa no mundo sente muito a perda de um ente querido, todos sofrem e choram, mas eu concordo com a atitude dos norte-americanos em nos últimos momentos ao lado (fisicamente) da pessoa que partiu não ficar aos prantos ao lado do corpo e sim tentar lembrar dos bons momentos que ele proporcionou enquanto esteve entre nós. Ao fazer isso os sorrisos apareceram naturalmente, bons momentos vividos produzem isso.

Confesso que me emocionei bastante assistindo a toda cerimônia, não pela falta que ele fará (também por isso), mas pela forma que tudo foi conduzido, pelas palavras ditas. Acredito que tudo isso o ajudou a ir em paz. Ajam assim no meu, beleza? Se quiserem chamar algum artista de renome internacional pra puxar um pagode também serve.