5/12/2010

Tempestade no deserto


Depois de um breve e simpático post de Carol voltemos às minhas lamúrias.

Continuando o raciocínio do meu último post, já posso dizer que o sol está timidamente querendo voltar a aparecer. Ao contrário do costume desse blog, vou tentar escrever forma objetiva.

Há pouco mais de 1 semana meu namoro acabou, por mais breve que tenha sido fiquei muito apegado a ela. Quem me conhece, nem que seja via blog, sabe que eu sempre fui uma pessoa muito fria e impessoal quanto aos meus sentimentos. Sempre procurei me privar de gostar de alguém com mais intensidade simplesmente por não dar certo nesse tipo de relação, acho que é de família. Além disso, sempre fui melhor "esquema" do que "compromisso".

Pois bem, custei a acreditar que algo que eu depositei tanta esperança que fosse longe tivesse acabado, e simplesmente surtei. Agi como nunca agi antes, fui tomado por impulsos, o que não ajudou em nada. A boca abriu e os olhos fecharam. Sai falando tudo o que me vinha a cabeça sem ver com quem estava falando. Não conseguia entender, digerir aquela situação. Justamente por não me permitir é que eu nunca tive que lidar com a rejeição. Claro, não sou nenhum George Clooney que nunca levou um fora em uma festa na vida. Levei, e muitos. Mas uma coisa é você levar um fora de alguém que você mal sabe o nome e outra é de alguém que você tem tanto afeto.

Até onde eu sei não fiz nada de "errado" durante esse tempo. Não trai, sempre fui sincero, sempre procurei me mostrar companheiro. Porém não soube dosar tudo isso. Eu sei, falta de experiência, tato e noção mesmo. Mentalidades e objetivos diferentes, deu no que deu, acabou. Diante da minha situação recebi apoio de todos os lados, curiosamente os mais fundamentais vieram de onde eu menos esperava. O que foi ótimo, pois eu vi que não estava dando o devido valor a essas pessoas, vi que elas são maiores do que eu pensava.

Poeira assentada, conversei com ela, tentei esclarecer alguns pontos que não ficaram claros tanto de um lado quanto do outro. Vi que ela estava reagindo a tudo isso melhor do que eu, o que foi bom para mim já que não tenho que me preocupar se ela está mal também. Agora estamos nos falando, vamos tentar manter uma amizade o que vai ser bom pra mim, pois posso tentar corrigir a imagem ruim que ela ficou de mim.

Mas o mais importante de tudo isso é que finalmente estou conseguindo refletir sobre tudo. Vendo onde eu errei em minhas atitudes, só assim posso desenvolver isso. Vi que errei feio ao julgá-la, pois tudo o que ela fez eu já fiz também antes e não tinha noção do que estava fazendo na época, agora eu posso ver o tamanho de tudo e não irei mais repetir. "Estou convencido de todas as minhas próprias limitações - e essa convicção é minha força".

Espero que tudo isso que passamos só sirva para nos engrandecer, que não haja arrependimentos de ambos os lados. Os momentos bons fizeram valer a pena tudo isso, quero guardar comigo só isso. Ao contrário da maioria na minha situação, não consigo desejar qualquer mal a ela. Não consigo desejar o mal a alguém que eu goste, como vou fazer isso logo com ela que é uma das pessoas que eu mais gosto?

Nunca se esqueçam do que Astolfinho falou - "A gente ainda é porquinho, mas já sabe se virar."

3 Comenta aqui, campeão!:

Nathalia Cassundé disse... [Responder comentário]

É, André.. tu já é porquinho mas já sabe se virar.
E é bom saber que te ajudei de alguma forma, fico muito feliz por isso. Quando precisar eu to aqui. ;)

(:

Jean disse... [Responder comentário]

Dureza essas coisas mesmo, mas boa postura a tua. No mais, falando do post anterior, também já lutei, mas foi Karatê. Também trago as idéias de lá pra todo dia, deixa a vida mais sensata.
Boa sorte pra vc e torço pra que você se segure bem por esses dias.
abraço

Fabi disse... [Responder comentário]

Issaê, não pode é desanimar nem permanecer fazendo as mesmas coisas que consideramos erradas, o negócio é seguir em frente sempre aprendendo e melhorando, afinal, de tudo que passamos na vida sempre fica alguma lição de valor. (essa frase foi dita por Fabiana)

Relaxa, garoto, um pé na bunda, na pior das hipóteses, ajuda a gente a seguir em frente :P
(já essa, obviamente, foi dita pela MSS)

Humor trash à parte, adoro seus textos ;)

Bjocas :***