8/04/2008

Black Panther Party


E viva o espírito Olímpico! Na semana que dará início as Olimpíadas de Pequim tudo o que se fala na imprensa é sobre esse assunto, mas me pergunto se o brasileiro realmente sabe o que é esse espírito? Acredito que nem eu mesmo saiba ao certo, mas se fosse pra arriscar uma resposta eu diria que é dar a sua vida por aquela causa, por aquele esporte. É depender daquela disputa para traçar as suas metas, sabendo que desde seu nascimento você foi preparado para àquela situação a uma falha não é admissível.

Percebo que em países como EUA, China e até Cuba é isso o que ocorre. E pasmem, repito, até em CUBA, uma ilha falida menor que muitos estados brasileiros que mesmo assim ainda consegue se destacar mais nos esportes do que o Brasil. No Brasil é admissível o segundo lugar, ser o craque do time do seu bairro já é status de fama suficiente para o alter-ego da maioria por aqui. Qualquer um pode ser estrela no nosso país. Vou mais além e uso como exemplo o super campeão do Pan do Rio, Thiago Pereira. Ganhou quase tudo nesse campeonato, virou ídolo máximo da nação, porém quando se questiona qual a chance dele de medalha nesses Jogos Olímpicos a resposta é simples - nenhuma chance.

E essa atmosfera surge por inúmeros fatores que passam pela necessidade de se vender exemplos da imprensa até a carência dos mesmos nas novas gerações. Ídolos são necessários a qualquer sociedade, pois são o exemplos positivos a serem seguidos. Mas não me refiro aos falsos ídolos, os forjados. Voltando ao começo da conversa, é muita pretensão de um país como o nosso se achar uma potência olímpica, como eu disse, nas verdadeiras potências o esporte é a vida daqueles que o praticam. Aqui constrói-se uma quadra numa comunidade carente e já se diz que aquilo é um meio de tirar os jovens da criminalidade e desenvolver os futuros campeões.

Ora, será mesmo que uma simples quadra sem bola, sem professor, sem estrutura é suficiente para isso? O potencial jovem infrator vai por acaso passar 24 horas por dia nessa quadra para assim ficar afastado da vida do crime? É, acho que não. Eu tenho consciência que o Brasil não tem condições econômicas presentes de se igualar a uma nação como os EUA nos esportes, lá há todo um sistema de patrocinadores para sustentar isso. O que eu queria ver mesmo ocorrendo aqui é uma mudança cultural na população, deixar de achar que ser o artilheiro da pelada da rua de trás é ser atleta com méritos.

Afinal, Cuba está aí para provar que pra se ganhar uma medalha não é preciso tanto dinheiro. Façamos disso uma causa maior que qualquer razão pessoal.

4 Comenta aqui, campeão!:

Anônimo disse... [Responder comentário]

when will you go online?

Anônimo disse... [Responder comentário]

Feio, falou bonitoo! \o/

Marianna disse... [Responder comentário]

realmente,
eu acho essas olimpíadas uma babaquisse, na minha opnião um desperdício. porque passam o ano inteiro com pirangagem, os atletas fudidos, sem patrocínio quando, de repente, surgem exemplos... porra que hiprocrisia!Sinceramente, eu concordo contigo andré o Brasil só quer status. E status que eu 'aprendi' na faculdade é, acima de tudo, uma máscara. ficou meio sem conclusão mas tudo bem... vc entendeu.

beijos!

Anônimo disse... [Responder comentário]

colocam tanta fé nos esportes que acham que só isso basta pra vencer na vida...