1/20/2009

Beach, bitch!


Finalmente estou totalmente de férias. Passei os últimos dias na praia, isolado do mundo. Só depois de me dar conta que estava nessa situação foi que percebi o quanto eu estava precisando fazer isso, deixar o mundo de lado. Amanhã estou voltado para a praia, preciso de um pouco mais de tempo comigo mesmo. Nada melhor do que uma tarde toda andando pela praia, escutando o barulho do mar, sentindo sol por querer e não por obrigação (você usando roupa social, andando muito de baixo de um solzinho nordestino em plena 14h) e depois de tudo isso juntar os amigos e tomar muita cerveja.

Espero que esse tempo sirva para que novas idéias para postagens. Quero escrever mais sobre coisas positivas, deixar um pouco de lado tanto aperreio. Pensar em novos temas ou em novas perspectivas. Duvido muito que eu consiga fazer isso, mas não me custa nada tentar, ainda mais nas condições que eu descrevi acima!

(A foto é lá de Tamandaré, praia que estou passando esses dias)

1/13/2009

Obs.

Resolvi postar os "atos" que escrevi para o meu perfil do Orkut. É mais como uma forma de arquivar tudo e dar espaço para quem queira fazer algum comentário específico sobre algum deles.

Idéias para o Ato 9 já estão surgindo, falta saber qual caminho ele seguirá.

Ato 8


"Ciao" em italiano significa ao mesmo tempo "oi" e "adeus", essa palavra representa bem o momento que vivo. Estou dizendo "oi" para esse ano que vem e ao mesmo tempo digo "adeus" para o ano que vai acabando. E não há momento melhor para dizer "ciao" do que agora, pois é Natal, dia em que Cristo nasceu. Esse último ano que passou foi o pior momento da minha vida, tudo que podia dar errado, podem ter certeza: deu errado. Durante esse tempo eu aprendi o que é o karma, toda religião tem uma definição para karma, mas no geral quer dizer que tudo o que você faz e/ou te acontece volta para você um dia e vice-versa. Enfim, o karma ruim já passou.

Agora enquanto escrevo isso estou passando por um ótimo momento, felicidade, mesmo com um pé quebrado e depois ter feito uma cirurgia nele que tá me deixando parado em casa, o que não tá sendo problema nenhum porque estou recebendo muita atenção daqueles que me querem bem, não poderia ser melhor. Mas acho que só superei esse karma ruim porque aprendi com tudo o que me aconteceu, e estou procurando por tudo na prática. Esse meu final de ano está sendo muito bom também porque estou buscando a dar muito valor a todos os que estão a minha volta e posso dizer que consegui perdoar muitas coisas que me fizeram, de coração.

E mais uma vez falando de religião aprendi que o maior pecado dentre as três religiões monoteístas do mundo não é matar, roubar ou algo do tipo, e sim a perda da esperança. Deve-se sempre ter esperança dentro do seu coração. Por mais que eu pensasse que já tinha chegado ao fundo do poço eu sabia que podia ir mais fundo, porém sempre tinha um restinho de esperança dentro de mim de que um hora tudo isso ia passar. E passou. Sei que pelo resto da minha vida terei um espectativa um pouco mais pessimista, contudo aprendi a dar valor aos "detalhes" da minha vida e perceber o que o valor real da vida são esses "detalhes". Posso dizer que sei o que é amizade, o que é família, o que é superação, o que é arrancar forças de onde não se tem para dar ao próximo. Muitos vão morrer e não vão aprender o que são essas coisas, infelizmente ou felizmente.

Digo "felizmente" porque, sinceramente, não sei dizer se valeu a pena aprender tudo isso, não sei se preferia continuar não sabendo o que são essas coisas já que só aprendi em virtude das coisas que me aconteceram. Coisas essas que não só me atingiram, mas atingiram profundamente muitos ao meu redor. Mas não tem mais jeito, é levantar e sacudir a poeira. Consequência de tudo isso é que meu espírito está mais forte. O que posso passar para vocês é que não tenham medo de dizer "eu te amo" para quem você realmente ama, um dia você vai saber o quanto valeu a pena você dizer isso. E digo que sou feliz, não feliz como antes, mas feliz de uma forma diferente. Seja feliz do seu jeito.

Ciaoooo!!!

Ato 7


Sempre tive vários apelidos, mas meu preferido sempre foi "Dré". Infelizmente só uma pessoa me chamava assim. Eu também o chamava de Dré, André & André. Éramos irmãos gêmeos de nome, alguém quer o beijo dos gêmeos? Mais do que um "irmão gêmeo de nome" ele foi meu anjo da guarda e eu nunca quis tanto não ter que fazer esse Ato 7. Agora ele é meu anjo da guarda. Ninguém podia falar mal de mim na frente dele, só ele que podia falar mal de mim. E nesses mais de 15 anos de amizade entre a gente eu descobri que amigo é um irmão que se escolhe. Ele não foi meu melhor amigo, eu não fui o melhor amigo dele, nem muito menos ele era o melhor amigo de Cesinha ou Mané. Somos todos melhores amigos, sem mais nem menos. Agora ele tá olhando pra gente lá de cima e a saudade é maior dor que alguém pode sentir. Não quero que mais ninguém me chame de "Dré", pois somente ele o fazia, somente ele o fez. Dré, digo de coração, posso morrer feliz pois sei que tive um amigo de verdade, posso morrer feliz pois sei que tenho vários amigos de verdade. Tenho irmãos. Sem eles eu nada sou, você me mostrou isso. Te vejo por aí, Gordo!

Ato 5


Volto para Recife e vou morar em Jaboatão com meu tio. Nesse tempo minha mente ficou muito mais retarda e o espírito muito mais desconfiado e eu vi que nem tudo é o que parece. Começou de forma muito difícil e dolorosa, mas depois de um bom tempo aprendi que apesar de Lispector dizer que "vivo no quase, no nunca e no sempre" a raposa em o Pequeno Príncipe disse que "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" assim como fez um certo barbado que disse que o reino de Deus está dentro de cada um de nós. Fácil de achar, né? E assim é. Mas sempre sabendo que se deve ser como Lampião ("eu carrego comigo: coragem, dinheiro e bala."). Sim, eu venci. Com o exercíto mais forte do mundo ao meu lado.

Ato 6


Entro na faculdade e fica possível ver o mar de rosa ao longe e que durante o seu caminho a estrada torna-se um imenso labirinto que possui a minha forma e dentro dele há o Minotauro com a minha voz, cabe a mim sair desse labirinto lidando com o eternal sunshine of the spotless mind. Sempre no ritmo da Blitzkrieg.

Ato 3


Minha família e eu nos mudamos para a casa da minha avó (ainda em Pesqueira) e eu dormia no mesmo quarto que minha irmã do meio. As paredes eram úmidas e eu usava uma bombinha para controlar meu principio de asma que logo foi curado pela natação. Por isso mudei para um quarto que tinha janela e ganhei meu Super Nintendo. E comecei a fazer minhas amizades que duram até hoje. Eu também gostava muito de correr. Esse Ato é o mais longo, ele se estende até o final da minha 8ª série. Durante esse tempo me tornei um pré-adoslecente que usava gel no cabelo e jogava basquete na quadra de um colégio municipal apesar de estudar em um colégio particular de freiras, essa era maior alegria. Nosso uniforme era laranja e azul e o tenho até hoje, e meu número era 77. Além de medalhas no basquete foram conquistadas medalhas em futsal, natação, atletismo e dominó. E o coração começou a funcionar.

Ato 4


Apesar de morar em Pesqueira eu tinha que acordar as 4:30 da manhã para ir estudar em Caruaru. E assim foi durante todo o ano. Esse é o Ato mais sombrio. Vi que o mundo não é tão bão, Sebastião.

Ato 2


Chego em Pesqueira e vou morar numa casa alugada que era a última da rua a receber água, isso era chato. Tinha uma janela no meu quarto que me servia de porta (também tinha uma porta o quarto). Nessa época Senna partiu, o Brasil foi tetra e Etchverry era El Diablo boliviano.

Ato 1


Meu primeiro pensamento logo que nasci deve ter sido "Oh no! I'm a misfit!" e assim comecei a minha vida. Nascendo em Recife em 88 e vivendo lá até os 5 anos de idade ou algo do tipo no bairro da Encruzilhada numa rua sem saída. Eu era um menininho de cabelos loiros e cacheados que sabia o nome de todos os carros da época.