6/11/2009

Kwik-e-mart


Amanhã é o tão aguardado 12 de junho, o famoso Dia dos Namorados, ocasião bastante sugestiva para um post. Mas antes que eu pensasse em algo para escrever o Manual do Cafajeste o fez e no post dele ele enfatizou tudo o que eu penso e já falei aqui antes (e na série "10 coisas que eu odeio em você").

Bem, vou postar na integra tudo o que foi dito lá. Já digo antecipadamente que concordo com tudo.

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Namoro e conveniência.

Se você foi uma das leitoras que esperou pelo post do dia dos namorados torcendo pra encontrar uma lista de presentes, dicas de restaurante, como arrumar um namorado ou alguma coisa fofa do cafa recém namorado, caiu do burro. Esse tipo de coisa você pode encontrar em qualquer revista feminina dessa semana, mas se ainda você não ficar satisfeita, dê uma olhada na lista de presente que fiz ano passado. Talvez ajude.

A relação conveniência e namoro já começa pela própria data. Lá fora é comemorado no dia 14 de Fevereiro (dia de São Valentim) e aqui no dia 12 de Junho em uma suposta homenagem ao Santo Antônio que na verdade comemora-se no dia 13 de Junho. E qual o motivo dessa troca de datas? Talvez o comércio não ficaria muito satisfeito em dividir a data dos apaixonados com o período de carnaval. De qualquer forma, eu não vou bancar o chato socialista e deixar de dar presente pra minha namorada só porque foi uma data instituída pelo comércio. Mas, pensa bem. O que tem mais valor, receber um presente no dia dos namorados ou em um belo dia a toa em casa ou no trabalho receber um presente despretensioso de alguém que gosta de você? Eu fico com o segundo.

Grande parte das mulheres solteiras é impaciente e tem certa tristeza por não encontrar a tampa da sua panela. Olham casais na rua, as amigas namorando e troca de presentes no 12 de Junho com uma inveja danada. Só que poucas sabem que uma parcela considerável desses namoros é uma grande fachada. Creio que metade dos casais que eu conheço entra nessa classificação. Citarei os 3 mais comuns:

Fachada mútua - Ambos se enganam. O cara sai com várias mulheres, a garota dá pra vários caras e a noite estão dormindo juntos. Esses casais costumam brigar direto, enchem o saco dos seus amigos falando mal da sua companheira(o) e dali a pouco já estão juntos de novo. “Mas cafa, por que eles não terminam logo?” Conveniência. Eles querem ter a pseudo segurança de uma companhia. No fundo eles querem ter a liberdade de dar /transar para o(a) próximo(a) gostosão (gostosa) do pedaço, mas precisam saber que alguém é seu com “exclusividade”.

Fachada única - Um dos lados é enganado. Aqui eu posso garantir que 80% é o homem quem engana. O porcentual masculino é maior pelo simples fato que mulher para assumir um relacionamento mais íntimo com um homem na maioria das vezes precisa gostar, ele precisa ter tesão. Talvez esse grupo seja o mais comum. Sem brincadeira, mais da metade dos homens que eu conheci que namoravam traiam sua companheira (e a tonta não tinha a menor desconfiança). “Mas cafa, por que ele não termina logo?” Conveniência. Geralmente nesse relacionamento a mulher está de quatro pelo cara, cega de amor. Ele tem ciência disso e ai abusa o quanto pode da bondade dela. Na verdade esse é o mundo perfeito para um homem sem caráter. Afinal, ele tem uma coitadinha dedicada, por ser namorado geralmente come no pêlo (sem camisinha), ela não liga por ele não ter aparecido certa noite (afinal, ela não quer ser grude, mas esquece que é namorada) e o bonitão sai passando a vara geral.

Fachada por interesse - Aqui estão as pessoas mais vis e pobres de espírito. Creio que o grupo é dividido meio a meio por mulheres e homens e eles podem pertencer também aos grupos citados acima. Ambos têm em comum um único objetivo, interesse material. Geralmente são pessoas que não tiveram muito estudo (seja por falta de condição ou por burrice mesmo), fracassadas em suas profissões (no caso das pessoas mais velhas) e/ou acomodadas (no caso das mais novas). Possuem um único bem para oferecer ao seu parceiro(a), seu corpo. Elas fazem de tudo para namorar com o(a) bacana do pedaço e assim ter acesso a um mundo que jamais conseguiria pertencer se fosse por mérito próprio. Elas são tão ordinárias e profissionais no ramo que as pessoas que vêem de fora juram que ela é apaixonada pelo seu namorado(a) e que o casal foi feito um para o outro.

Bom, não encarem esse post como um consolo para as leitoras encalhadas (brincadeira). Só quero deixar claro que muitos dos casaizinhos bonitinhos que a gente vê na tv no dia dos namorados ou andando pela rua de mãos dada em um dia qualquer, nada tem de bonitinho. A essência muitas vezes é bem podre.

Ter um relacionamento sério vai muito além de simples conveniências. Convencionalmente meu namoro (quem namora é ele não eu, André) começou numa manhã de sábado preguiçosa deitado na cama com a minha namorada. Porém, o respeito, a consideração, carinho, admiração, etc começaram muito antes. Namorar foi só dar um nome, foi só uma convenção.

1 Comenta aqui, campeão!:

Luana Silva disse... [Responder comentário]

olhando por esse lado, nunca foi tão bom ser solteira no dia-de-dar-presente-ao-namorado! mas também, nem todos os casais se encaixam nesses três padrões. Sim, ainda resta esperança! o/