10/29/2010

St. Anger


Raiva. Já falei sobre isso aqui antes, mas é algo que eu gostaria de falar mais a respeito já que é um dos sentimentos mais presentes em mim. Muita gente diz que o oposto de amor é indiferença, pode até ser, mas não é o único, raiva também é. A diferença é que raiva é mais difícil de ser administrada, a indiferença está ali dentro de você, mas ao mesmo tempo não está. Já a raiva não, está ali, faz questão que todos saibam que ela está ali, fica duelando o tempo todo com seu auto-controle. Comigo na maioria das vezes ela perde ela luta. Quem nunca deitado na cama pronto pra dormir lembrou daquela pessoa ou daquela situação e foi tomado por uma vontade enorme de avançar no pescoço daquela pessoa (não só no sentido físico, mas emocionalmente ou psicologicamente) ou quebrar tudo naquela situação?

A raiva bem utilizada pode ser benéfica para você, pois é uma forma agressiva de você se defender de algo que te faz ou fez mal. Melhor defesa é o ataque. Agressiva, ela fará com que você desconte tudo aquilo que você passou. Vale a pena? Sei lá! Nunca consegui descontar uma raiva minha em quem realmente merecesse, mas espero fazer isso sim um dia. Se os deuses tem direito a ter seus ataques de fúria contra a humanidade, quem sou eu para não ter um lapso? Calma, não estou pretendendo matar ninguém. Só quero dizer que gostaria de saber qual a sensação de simplesmente explodir contra o alvo certo. Alguém que já passou por isso aqui sabe dizer que seu estado de espírito melhora após fazer isso? Não tenho plano nenhum de ser um monge budista mesmo.

10/22/2010

Los Hermanos


Eu nunca entendi todo esse sentimento de ódio que o brasileiro tem pelo argentino. Toda vez que tem algum evento esportivo que envolve um duelo entre Brasil x Argentina já começam a surgir as provocações. Pelo que vejo e que divulgam, 90% das provocações vem dos brasileiros. Não sei como é na Argentina, o que aparece vindo de lá é muito pouco.

Vendo um jogo da Argentina ao lado da minha família, questionei um dos meus tios sobre a origem de toda essa rivalidade. França x Inglaterra, Portugal x Espanha, Alemanha x Áustria, Coreia do Sul x Coreia do Norte, Japão x China, e tantos outros exemplos são facilmente explicados por meio de qualquer livro de história, mas nunca vi nenhum livro de história falar de alguma desavença política ou militar envolvendo Brasil x Argentina. Houve a Guerra do Paraguai, mas nesse caso o Brasil lutou ao lado da Argentina e do Uruguai quando massacraram a nação paraguaia. Esses sim tem todos os motivos do mundo para nos quererem mortos já que acabamos com a até então nação mais próspera da América Latina.

Eis que meu tio cogitou a possibilidade disso ter surgido durante a Copa do Mundo de 78 na Argentina, torneio o qual é recheado de polêmicas envolvendo manipulações de resultados por parte do governo militar argentino para que a seleção local fosse campeã (e foi). Dizem (e eu acredito nisso) que a Argentina manipulou o seu resultado no jogo contra o Peru para poderem eliminar o Brasil. Certo, isso realmente deve ter acontecido, mas creio que não foi só o Brasil o único prejudicado nisso tudo, porém não vejo outras seleções com tanta rivalidade contra a Argentina feito o Brasil. Outra possibilidade é o suposto jogo violento argentino. Mas eu assisto o campeonato argentino e eles entram na porrada mesmo contra qualquer um, não é privilégio dos brasileiros apanharem deles. O que será então?

Argentino é arrogante? Isso não há muito que se discutir, pois já vi de alemão a mexicano falar isso. Mas brasileiro também é, porém só é arrogante na frente de um argentino ou outro brasileiro. Na hora de ir para Europa ou EUA todo brasileiro vira um poço de simpatia. Argentino é mala com qualquer um. Rivalidade econômica entre os dois países? Por favor, né? Querer comparar a economia brasileira com a deles é uma piada.

Eu prefiro acreditar naquela teoria da conspiração que diz que toda essa rivalidade só surgiu por causa do Globo. Alimentando isso ela ganha mais uma fonte para obter audiência para si. Na minha cabeça é a mais coerente.

Outra possibilidade é a de que brasileiro por natureza adora menosprezar outro. Exemplo disso está aqui dentro do país mesmo. Basta perguntar o que um sulista acha de um nordestino, a comunidade "eu odeio nordestino" está ai para não me deixar mentir.

Brasileiros, sulistas, etc... Parem de ficar arengando por nada, é briga sem causa! Procurem ver o que esses povos tem de bom, o que podem te oferecer, é muita cultura que eles possuem. Deixem de engolir corda e vão aproveitar tudo de bom que eles tem que é o melhor que cada um faz. E se seu amigo estiver usando uma camisa da Argentina, não vá brigar com ele, a camisa é bonita mesmo.

Ps: sim, eu estava torcendo pela Argentina nessa Copa, da mesma forma que estava torcendo pelo Chile e torci pelo Uruguai. Pois foram essas as únicas seleções a apresentarem um futebol que agradasse, ao contrário da Seleção da CBF que me dava raiva de ver jogando.

10/15/2010

Rocket Man


Estou passando por um momento novo em minha vida, estou sozinho de fato, de direito e de estado de espírito. Desde os 12 anos de idade eu sempre tive algum "esqueminha", aquela menina que ficava comigo e eu sabia que poderia conversar com ela sobre qualquer coisa a hora que eu quisesse ou chamar pra sair comigo pra qualquer lugar numa boa. É diferente da peguete que é só pra "pegar" mesmo, relação estritamente profissional. Já tive peguete de ficar várias e várias vezes comigo e eu simplesmente não saber ao certo o nome dela. E eu também não fazia questão nenhuma de saber porque simplesmente não me interessava.

Mas o "esqueminha" é diferente, você tem afeto por ela. Gosta de estar com ela e passar um tempo com ela nunca é ruim. Claro, tem um limite de proximidade, ultrapassar esse limite é estabelecer um relacionamento sério, o que nem sempre melhora as coisas. Pois bem, nos últimos 10 anos tive várias dessas "namoradinhas", de muitas delas eu gostei bastante e até hoje mantenho contato - de amizade, dessas me arrependo profundamente de não ter me dedicado a fazer durar, outras eu simplesmente nem lembro nome (problema sério esse meu com nomes, né?). É sempre bom você saber que tem alguém no mundo que gostar de estar com você.

Nesses últimos dias percebi que estou sozinho, não sozinho sem ninguém na minha vida, solitário. Isso jamais, tenho amigos e família demais para dar conta disso, mas é aquela solidão afetiva. Conversando com minhas conselheiras todas falaram a mesma coisa, que tava na hora disso acontecer comigo e que aprender a lidar com isso é amadurecer. Na hora não entendi o que isso quis dizer, mas logo entendi. Não posso depender de ninguém para estar comigo mesmo, até porque vários desses "esqueminhas" não se importavam em metade comigo comparado ao valor que eu dava a elas. E o contrário aconteceu várias vezes também, por isso não as julgo porque eu não fiz isso por mal. E espero que elas também não tenham feito por mal.

Com poucos desses "esqueminhas" simplesmente perdi tempo, porque apesar do tempo que elas estiveram comigo elas simplesmente não conseguiram me conhecer e foram "embora" com uma imagem errada minha. Preferiram dar ouvidos a opinião dos outros do que se guiar no próprio feeling. Não souberam aproveitar o que eu tinha a oferecer, falo sem nenhuma modéstia: só quem perdeu foram elas. Garotinhas, entendam algo muito simples, em 90% dos casos, conselho de amiga para amiga é só pra foder a outra. Se garantam sempre em vocês mesmas.

Quero passar um tempo só, sem ninguém. Vai ser um longo tempo, mesmo que dure somente uma semana. Quando você sente falta de alguém, mesmo sem saber quem é esse alguém, cada minuto dura mais que 60 segundos. Mas para lá fora deixar de ser tão solitário, antes você precisa saber o que falta dentro de você. Quando eu saber exatamente quem eu sou e o que eu quero vai ficar mais fácil para as pessoas entenderem isso também.

10/08/2010

Uno, Dos, Tres... Diez!


Por acaso descobri uma função do blogger onde eu posso ver as estatísticas do meu blog. Em breve farei um post só comentando esses números, fatos que eu achei curiosos. Mas um desses fatos foi que o meu post mais acessado foi justamente o Ato 8, para quem não sabe logo que fiz o meu orkut, cansado daqueles perfis cheios de frases de prontas-de-efeito resolvi fazer um resumo da minha vida de um foco diferente, dividi minha vida em 8 atos.

Lendo o Manual do Cafajeste, vi um post dele onde ele cita 9 fatos interessantes sobre ele, gostei disso, até porque a idéia para mim não é nova. Como eu não tenho vergonha nenhuma de buscar inspiração em qualquer que seja a fonte, vou fazer algo semelhante aqui no meu blog. Vou contar 10 fatos sobre mim que nunca tiveram muita relevância.

*Sempre gostei de praticar esportes, porém só comecei a malhar no meu primeiro ano de faculdade pra tentar diminuir minha magreza digna de retirante da seca. Continuo magro, mas desde então ganhei quase 10kg de massa muscular, apesar de não conseguir me manter numa academia durante doze meses completos. Ah, na primeira vez que tomei suplemento alimentar visando ficar mais fortinho, consegui a incrível façanha de perder 1kg.

*Ainda falando sobre esportes, já ganhei medalhas em jogos internos pelo colégio em futsal, basquete, atletismo, natação, acho que vôlei (caso eu tenha ganho mesmo, não tenho nenhum orgulho disso, acho vôlei um esporte bem de mariquinha) e dominó (é esporte de bebo). Espero semana que vem ganhar algumas no judô.

*Sobre colégio (ficou legal essa interligação de pontos), entre a 8ª série e o cursinho pré-vestibular estudei em 5 lugares diferentes, ou seja, um colégio por ano (o cursinho eu fiz em matérias isoladas, logo não é colégio, mas eu contei mesmo assim). Sendo que em 4 cidades diferentes (Pesqueira, Caruaru, Jaboatão e Recife). O ruim é que não deu para criar raízes em lugar algum a partir do 1° ano, mas ajudou bastante a me desenrolar, perdi toda a minha timidez e aprendi a resolver meus problemas sozinho.

*Minha primeira ida a jogo de futebol foi quando criança para assistir Santa Cruz x Náutico, não lembro de nada desse dia, só sei que o Santa ganhou. Me levaram para esse jogo na esperança de que eu virasse tricolor, mas rubro-negro já nasce com o vermelho e preto no coração. Minha primeira ida a Ilha foi em 2001, meu tio Ivandro que me levou. Nesse ano o Sport terminou na lanterna do campeonato. Não, não sou pé-frio, o time que era horrível, tanto que anos depois passei a ir a quase todos os jogos do Sport na Ilha e não vi nenhuma derrota em mais de 1 ano de jogos. O problema era meu tio, desde então eu não fui mais com ele para jogo do Sport.

*Eu sou totalmente xiita quanto ao bairrismo. Praticamente não gosto de nenhum outro lugar fora Pernambuco no Brasil. Odeio com todas as minhas forças o carioca. O curioso que a mesma raiva que eu tenho do carioca eu também tenho do caruaruense. Deu para perceber que eu não gosto nem um pouco de gente metida, né?

*Meu primeiro beijo foi dos 12 para os 13 anos. Depois dele fiquei um tempão sem beijar porque tinha achado aquilo horrível, mas só depois que eu percebi que tinha sido horrível porque a menina simplesmente não sabia beijar, ela tentou foi me engolir.

*Tenho uma família por parte de mãe muito grande, mas sempre tivemos bastante contato. Eu e meus primos antes de família somos amigos também, não é raro nos encontrar em alguma balada juntos como se fôssemos uma turma de colégio. O Maciel vem da minha mãe, não só eu, mas também todos os meus primos geralmente assinam seu nome acompanhado do Maciel.

*Minha infância foi muito boa. Quase toda tarde ia para a fazenda do meu avô com meus amigos onde passamos toda a tarde lá desbravando a mata e andando de cavalo, à noite iamos todos brincar na rua atrás da minha casa. Dias dignos de Goonies, muitas e muitas histórias, ninguém jamais poderá dizer que fui menino criado a leite com pêra e ovomaltino, era maloqueiragem mesmo. Subir muro da casa do outros, roubar framboesa nos fundos dos correios, perturbar os doidos de rua, quebrar coisas, pular no quintal alheio pra pegar a bola que caiu lá e sair correndo pra não levar tiro de espingarda de sal, etc.

*Em meus primeiros dias aqui em Recife, vindo de Pesqueira, após passar um ano estudando em Caruaru, fui pegar um ônibus para o shopping. Ainda acostumado com o sistema viário de Caruaru, achei que percurso do ônibus era curtinho e ficava rodando o tempo todo,como lá, mas aqui o ônibus faz uma verdadeira viagem e depois vai para o terminal. Duas vezes seguida tentei ir do meu prédio para um lugar que não daria 10 minutos andando e consegui passar uma tarde inteira dentro de um ônibus. E não cheguei onde queria.

*Sempre tive muita vontade de tocar algum instrumento musical, até comprei a guitarra do meu primo, fiz umas duas aulas, mas deu para perceber de cara que uma coisa que não tenho é talento musical e ritmo seja para cantar, tocar ou dançar. Se eu fosse viver de música seria no máximo como produtor.

10/01/2010

Pior que tá não fica


Engraçado que quanto mais eu estudo, quanto mais eu conheço da nossa Carta Magna, mais nojo e desinteresse eu sinto pela política do Brasil.

Eu bem que poderia acabar esse post nessa primeira frase que já estava de ótimo tamanho para vocês, leitores inteligentes, mas a função desse troço é escrever mesmo e fazer render. Pois bem, vamos lá.

Cada eleição que passa, seja para presidente, governador, prefeito ou síndico daqui do condomínio, menos esperanças eu tenho nesse país. Vocês sabem muito bem o que eu penso do Brasil e do brasileiro em geral, basta ver posts anteriores. A cada dois anos, nessa época do ano sou bombardeado por rostos sorridentes e a mesma conversa de sempre: de um lado a situação que vive no Wonderland onde tudo está lindo e maravilhoso graças ao magnífico trabalho que eles desenvolveram nos últimos 4 anos, apesar do governo anterior que só fodeu tudo. Mesmo assim eles superaram o caos e fizeram do Brasil o melhor país do mundo. Contudo, repetem as mesmas propostas que os elegeram. Só eu me perdi no raciocínio aqui? Se para eles se elegerem eles detonaram o trabalho do governo anterior e prometeram melhorar tudo, 4 anos depois eles querem continuar prometendo as mesmas coisas sob o pretexto que há muito o que ser feito.Hã?

Do outro lado está a oposição que vive no pior país do mundo, onde nada funciona. Vem as mesmas propostas da situação, porém apresentam tais propostas após afirmarem que o governo atual não fez nada em relação as essas coisas. Ah, eles elogiam algumas coisas sim: aquelas que eles dizem ter criado na gestão anterior da qual eles fizeram parte.

Engraçado também é que todo candidato que busca sua reeleição foi responsável por alguma obra grandiosa realizada. Tal obra só veio para tal lugar porque o senador tal com muito suor conseguiu isso. Mas o deputado tal diz que quem trouxe foi ele. O outro deputado diz a mesma coisa. Não podemos esquecer o presidente que diz ser o principal responsável! Por isso que o Brasil é um país lindo, todo mundo trabalhou junto para conseguir isso! Que união maravilhosa!

Quantos as propostas todo mundo sabe quais são, vou nem dizer, mas uma começa com E, a outra com S e a outra com S também. Exceção é o Edmar de Oliveira que quer matar todo mundo, o que me agrada (não, não vou votar nele). Porém a primeira com E é a mais surreal de todas. Agora voltamos ao ponto inicial do post, porque quando o infeliz tem o mínimo de educação e senso crítico chega a essas conclusões (e várias outras) que eu cheguei e não vota em mais nenhum desses desgraçados aos quais eu me referi.

Claro, tem político que preste. Em algum lugar, feito torcedor da Barbie macho, sabemos que existe, mas achar um é complicado demais. Mas não percam a fé, façam um esforço para encontrar um candidato que pelo menos pareça ser decente. Não vote visando somente o emprego que sua mãe talvez ganhará desse candidato nem um bolsa-qualquer-coisa que ele prometeu. Vamos pensar um pouquinho a frente e perceber que o benefício mínimo de hoje será o prejuízo máximo amanhã!

COLETIVIDADE!

Ah, mais uma coisa! Vejam como são as coisas, lembrei de um post que fiz no dia 10/05/2008 e por incrível que pareça (ohhh!!!) minha linha de pensamento ainda é parecida. A diferença que hoje eu tô com menos saco para tudo isso, comparem.